Um escritório próximo à Cinelândia, a pouquíssimos metros do Theatro que foi palco do discurso oco de Barack Obama, tem sido o local das reuniões de pauta do jornal online "Rede Democrática". Na noite de sexta-feira, 25 de Março, tive a felicidade de participar dessa reunião e, em seguida, de entrevistar um de seus membros: Carlos Eugênio Paz, mas podem chamar de Comandante "Clemente". Entrou para a ALN (Ação Libertadora Nacional), quando esta ainda era o chamado "Grupo Marighela" do Partido Comunista. Era um jovem de 16 anos, o ano era 1966 e a ditadura brasileira estava no "olho do furacão", como definiu, dizendo que talvez isso tenha contribuído pra sua sobrevivência, além de, principalmente, a lealdade de seus companheiros.
Os muralistas mexicanos reconhecem o papel educativo das artes colocando isso em prática, pintando murais enormes na maioria dos edifícios públicos, a fim de alcançar e comunicar de forma eficaz para a maior audiência possível. Um forte adicional ao estilo dos muralistas mexicanos está na retratação não só a importância da atividade social (o que faz em uma escala muito mais grandiosa), mas fazendo, de forma, abundantemente clara a importância das condições materiais, contribuindo para uma prática mais arredondada do marxismo teórico, isto é, o materialismo histórico.