Haiti mobiliza britânicos e até os "amantes do vinho" - 0 views
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Rede Histórica - on 18 Jan 10"A levar em conta o envolvimento do Brasil no Haiti, imagino que a terrível notícia do terremoto em Porto Príncipe tenha corrido o país como fogo em rastro de pólvora. Mas por aqui, tenho a impressão de que o efeito foi um pouco retardado. À parte os EUA e as ex-colônias britâncias do Caribe, o resto das Américas são, para a maior parte dos britânicos, um destino longínquo do globo. O Haiti, um país pobre com forte ligação com a França em vez da Grã-Bretanha, não era diferente. Um fato comentado aqui na redação, nos primeiros dias após a tragédia, as matérias sobre o Haiti continuavam sendo menos lidas do que as que falavam do Sudeste Asiático ou o Oriente Médio, apesar de a BBC martelar sobre o tema 24h por dia em seu noticiário. Aliás, a imprensa em geral. Mas, parecia, a ficha simplesmente não tinha caído para o cidadão comum. A coisa mudou ao longo da semana, à medida que os países se mobilizavam para prestar ajuda, os repórteres começavam a mandar material de Porto Príncipe e a agonia dos haitianos à espera de auxílio deixavam claras as dificuldades intrínsecas à tarefa de salvamento. No fim da semana, o Haiti, a bem dizer, entrou no dia-a-dia de muita gente. Alguns amigos que conheço foram rápidos em doar recursos para a Cruz Vermelha, para quem até o governo britânico destinou a primeira parcela de US$ 10 milhões que foram prometidos. Outras iniciativas de mobilização chegaram por vias, pelo menos para mim, inesperadas. Minha operadora de telefone, a Orange, enviou aos seus clientes uma mensagem à qual bastava responder para contribuir automaticamente com 2,5 libras (um pouco mais de R$ 7) para os esforços da Unicef no Haiti. O site TripAdvisor, de viagens e turismo, repassou um email a todos os seus usuários ensinando como e para quem doar fundos. Como o britânico é uma subseção do americano, imagino que algo semelhante tenha ocorrido do outro lado do Atlântico. E a mais original das mobilizaçõ