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started by aucuella aucuella on 29 Nov 13
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    Brotaram da indignação do momento variosjornaes que foram outros tantos pamphletos revolucionarios: a Patria,de Lisboa, o Rebate, do Porto, fundado pelo sr. Eduardo de Sousa, oUltimatum, de Coimbra, fundado pelo sr. Antonio José de Almeida. Comessa erupção jornalistica coincidiu a formação, na Universidade, d'umageração de propagadores do ideal, que apoz os dias luctuosos de 1890publicou um manifesto vigoroso, aggredindo directamente o regimenmonarchico e reclamando a bem da patria uma mudança de instituições. Apolicia não deixou circular esse documento, mas dois diariosreproduziramno immediatamente nas suas columnas. Assignavam omanifesto, entre outros, estes estudantes:[Ilustração: A guarda municipal entrincheirada na egreja de SantoIldefonso]Fernando Brederode, João de Menezes, Agostinho de Campos, Cunha eCosta, Couceiro da Costa, Antonio José de Almeida, Pires de Carvalho,Lomelino de Freitas, Antonio Cabral, Mario Monteiro, Augusto Barreto,Silvestre Falcão, João de Freitas, Paulo Falcão, Francisco Valle, JulioPaulo de Freitas, Malva do Valle, Evaristo Cutileiro, Luiz Soares deSousa Henriques, Affonso Costa, Manuel Galvão, Lucio PaesAbranches, Julio de Mello e Mattos, Fausto Guedes, Bessa de Carvalho,Alberto de Oliveira, Bernardo Leite, Carneiro de Moura, Antão deCarvalho, Arthur Leitão e Virgilio Poyares.É tempo de nos referirmos á entrada de João Chagas na scena politica,facto que se produziu em 20 de fevereiro de 1890. rayban clubmaster
    O eminente publicista,que até então trabalhara na imprensa monarchica, revoltado ou, melhor,enojado com o espectaculo que presenceara durante os dias agitados quese seguiram ao ultimatum, dirigiu n'aquella data esta carta aoCorreio da Noite:«Meu caro amigo:Não me convindo continuar a collaborar em jornaes daimprensa monarchica, nos quaes, aliás, tenho tido apenas collaboraçãolitteraria, peço a v... me julgue desde hoje desligado da redacçãod'essa folha. Aproveito o ensejo para lhe agradecer as provas deconsideração que constantemente me tem dispensado.Seu amigo e collega:João Chagas.»Egual declaração foi publicada no Tempo e na Provincia e no dia 21um jornal republicano da manhã accrescentava, fazendo allusão ao facto:«desde já affirmamos que João Chagas traz ao nosso partido toda a suaintelligencia, toda a sua dedicação e todo o seu ulterior trabalho; éuma adhesão valiosissima, que mostra bem o que ha de diamantino nocaracter do nosso amigo, que não hesita sacrificar interesses egoistasnas aras sacrosantas da patria, cuja remodelação é incompativel com asubsistencia do affrontoso regimen que nos vae explorando». wayfarer ray ban Na Historia da Revolta do Porto, que escreveu de collaboração com oextenente Coelho, João Chagas descreve assim os seus primeirospassos na propaganda do ideal republicano:«Em fevereiro de 1890, como um dos auctores d'esta obra, ao tempo jovene fazendo um jornalismo sem paixão e sem ambições, se decidisse aencetar o jornalismo politico e a adoptar a causa que era então de todaa gente, reuniuse a um, egualmente joventudo foi juventude n'essemovimento!alumno do curso de engenharia civil, Chrispiniano Fonseca,que mais tarde veiu a morrer no Brazil, de febre amarella, sob arepublica de Floriano Peixoto; e tendo os dois concertado «que erapreciso fazer alguma coisa», como se dizia por essa grande epocha,começaram por ir espionar a provincia do Algarve, onde certo dia seaffirmou com alarme que rebentara uma sedição militar e, havendoreconhecido que tal sedição estava longe de ser um facto, voltaram asvistas para outro lado e decidiram, apoz diversas machinações, que o quehavia a fazer era propaganda muito activa e muito eloquente.«D'este accordo partiu a ideia de fundar um jornal republicano, já sevê, que tomasse a dianteira a todos os que já existiam e que, para anossa impaciencia, pareciam excessivamente deficientes.«Alvitrouse que se lançasse o jornal a publico o mais rapidamentepossivel, dentro de quinze dias, dentro de um meze quando se discutiamas bases d'essa publicação imprevista e fulminante, lembrámos que umjornal, tal como o sonhavamos, desencadeando uma tormenta de paixõespopulares, só poderia nascer e cobrirse de gloria no Porto, que atéentão não dera grandes signaes de vida civica, mas que se nosaffigurava, pela sua tradicção e pelas nossas superstições, o unicocentro de população portugueza susceptivel de soltar o primeiro deliberdade de que nos propunhamos ser os interpretes.«Lisboa, inçada de uma população heterogenea, disseminada n'uma grandeárea e dividida pelas opiniões mais diversas, foi posta de parte, comopouco propicia para o exito do nosso emprehendimento, e adoptouse oPorto com enthusiasmo e esperança. Estes dois homens não dispunham,porém, de uma moeda de cobre que lhes permittisse acalentar tão vastosonho, e, por outro lado, não tinham um nome que os auctorisasse alançarse nas luctas politicas, em meio da confiança dos que iam serseus amigos e cumplices.»Apesar d'isso, João Chagas pozse a caminho da capital do Norte,alcançou o concurso do velho democrata José Sampaio (Bruno) e em breveformouse uma modesta empreza com o capital sufficiente para a fundaçãoda ambicionada gazeta. O primeiro numero da Republicatal era otitulo do novo jornalsahiu a 18 de abril de 1890 e, embora esse e osnumeros seguintes traduzissem ás claras o radicalismo das aspirações doseu director, a verdade é que o diario logrou pouca vida e pouco tempodepois suspendia a publicação. ray ban brasil
    Em setembro do mesmo anno, João Chagas,recebendo o auxilio efficaz de tres democratas, Dyonisio dos SantosSilva, Joaquim Leitão e Alvarim Pimenta, voltou a insistir na creaçãod'uma folha demolidora e fez sahir a Republica Portugueza, que acolheuna sua redacção toda uma pleiade de velhos e jovens combatentes,animados por egual do desejo de derrubar o regimen. O artigo deapresentação inserto no primeiro numero dizia assim:«A obra d'este jornal será inteiramente e desassombradamenterevolucionaria. Tanto vale dizer que será um jornal de combate edirá tudo o que fôr mister:«a despeito da vontade pessoal do rei;«a despeito da tyrannia dos governos;«a despeito do odio e da antipathia dos homens e dos partidos queexploram o paiz.»No primeiro numero da Republica Portugueza tambem foram estampados osretratos do rei e de dois dos ministros, precedidos d'estas palavras:Pelourinho: Os tres de Inglaterra. Nos outros logares do jornalexplodia a incitação á revolta, usandose d'uma linguagem que nunca atéali fôra empregada com tanta franqueza. D'aqui resultou o crearse, peloestimulo do exemplo, uma atmosphera de decisiva batalha, que nem osacontecimentos nem os homens haviam ainda preparado. Affirmao João Chagas:«A revolta de 31 de janeiro pode attribuirse em grande parte ásinstigações directas d'esse jornal, o qual, por seu turno, se veiu apublico, não foi senão em virtude de circumstancias que não seproduziriam sem o conflicto diplomatico angloportuguez.

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